intimidades superficiais

devaneios pouco claros, mentiroso, irônicos, falsos, profundos, verdadeiros e rasos

terça-feira, 24 de abril de 2007

vozes e vultos

Vozes ecoam na mudez do mundo
Rasgando os papéis deste teatro
Visto por um público ausente
Rindo dos atores principais

Vultos e ilusões preenchem a trama
Rigorosamente trajados em corpos nus
Vagando por entre becos escuros
Rumo ao destino de ser inicial

domingo, 22 de abril de 2007

odor da putrefação

Sinta o aroma dos campos
Vindo da inocência
Inocência dos simples
Mortos em combate

Os conflitos cotidianos
Anulam as possibilidades de fuga
Fuga interior de sua própria dor

O suave odor da putrefação
Sufoca a vontade de gritar
Vales vermelhos todos os dias
Esperam valentes
Dispostos a vencer a si próprios

sexta-feira, 20 de abril de 2007

gigantes

Medos secretos jorram
Da profundeza da alma
Lágrimas e sangue se confundem
Buscam o amor que acalma

Na solidão:
Suspiros, gestos e gritos
Não te salvarão

O terror da escuridão
Despertará os gigantes
Adormecidos na mente
Em terras distantes

Prepare-se, levante-se, a guerra chegou

quinta-feira, 19 de abril de 2007

nascer

Nasce uma nova visão
Neste ser que reluta
“As coisas estão ali... de pé...
Esfolando o olhar com suas arestas...
Reivindicando uma presença absoluta...”

Todas e todos juntos
Desde o começo incolor
Enfrentando gostos e palavras
“Na cólera ou no amor”

Eu “que se escreve e pensa entre aspas”
Descobre em sua sombra cabal
Que se “voltarmos suas próprias palavras...
Antes que nos tenham atingido”
Fugiremos dos psiquismos
Em busca da vontade corporal

primeira parte

O eu descobre a si mesmo e ao mundo ao seu redor. Apresentação dos convívios e sentimentos, dos amores e dores.
Nascem os conflitos e inicia-se a caminhada da vida. Vias, becos e estradas nos levam a lugares que não podemos suportar.
Cuidado onde pisa, com quem se fala. Atenção redobrada a tudo que está velado.

agradecimentos

À todas as pessoas e fatos que colaboraram com meu interior, provocando náuseas entre rosas e risos entre esterco.
Ao fascinante mundo paradoxal.
À sociedade contemporânea, por proporcionar momentos deliciosos de depressão, angústia e medo.
Aos amigos e amigas que sempre me apoiaram e incentivaram.

Dedicatória





A todo âmago doentio
dedico meus versos.