intimidades superficiais

devaneios pouco claros, mentiroso, irônicos, falsos, profundos, verdadeiros e rasos

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

macacos me mordam

venham agora
fabulosos primatas
temos um ancestral
em comum

tragam-me a cura
agora
para este mal
que atende pelo nome
humanidade

como um morceço
(nosso parente voador)
finquem seus dentes
profundo

concedam-me a arte
a liberdade
nasça em mim
ebola

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

pergunta do momento

aproveito sim
este momento
utilizo
a frase
presa à garganta de todos

como em uníssono
junto teus inimigos
ecoa-se o brado
quase uniforme

prepare-se
ouça
compreenda
entenda

esta é pra você
e que faças
bom uso
melhor do que
o original

olhe para mim
por que não te calas?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

destilar da doçura

destilação da doçura dos que amam
triturar dos dentes
que escapam nos risos alegres
piscada sensual moída

como o degustar mal passado
da pele
exalando feromônios
agora
lançada ao fogo

não há taça de vinho
nos amores vividos em balcões
de um mundo imaginário
recheado de copos americanos
onde se bebe da doçura destilada
compartilhando
petiscos de dentes
porções de sorrisos

feromônios faltam no estoque...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

atraso adiantado

em algum momento errei o tempo
cheguei ao mundo na hora errada
conheço pessoas no dia errado
o tempo nunca me é favorável...

as coisas nunca acontecem no momento certo
vivo uma vida paralela ao tempo
que ao nascer me foi proposto
talvez poucos segundos no parto...

talvez então
muita falta de ar eu tive
durante a vida retardando
minha percepção de mundo