aceno
de cinema
em câmera lenta
gesto se afasta
sem pressa
horizonte
sempre longe
visão que escurece
ao poucos
se fecha
um último close
na mão
balançando
como uma bandeira
hasteada
num velório importante
palavra se esvai
pensamentos em zigue-zague
como diria Jeff Buckley
"last goodbye"
fade out completo
hora de levantar
as cenas passadas
fixas na memória
hora de sair do quarto escuro
impessoal
vida nos diverte
pequena sala de cinema
chamada dois mil e sete
intimidades superficiais
domingo, 30 de dezembro de 2007
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
na praça
concreto
gelado
me abraça
cuida desse ser
isolado
já sem força
de erguer a viola
nesta tarde
se isola
pra compôr outros tons
neste gesto
impreciso
de movimentos estáticos
me enlaço
neste banco
oculto
minha praça escondida
o paraíso perdido
gelado
me abraça
cuida desse ser
isolado
já sem força
de erguer a viola
nesta tarde
se isola
pra compôr outros tons
neste gesto
impreciso
de movimentos estáticos
me enlaço
neste banco
oculto
minha praça escondida
o paraíso perdido
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
catenóide
perfeita forma
acaricio
com ambas as mãos
aquele corpo
dado por deuses
equação complexa
decifro
a cada centímetro
sinta
meus dedos
em tua silhueta
maravilhosa catenóide
tua cintura de modelo
acaricio
com ambas as mãos
aquele corpo
dado por deuses
equação complexa
decifro
a cada centímetro
sinta
meus dedos
em tua silhueta
maravilhosa catenóide
tua cintura de modelo
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
levo uma sova
levo
uma sova
rezo
para nossa senhora
proteja-me
e guarde
ódio que eclode
desta sensível moça
nova
vil olhar
penetrante
voz mesmo doce,
não corta,
rasga
de qualquer jeito
a primeira tentativa
falha
de dizer
transmitir
a mais infame fala
fragilidade
anormal
meu estranho cais
garota
bela
lutadora de muay thay
uma sova
rezo
para nossa senhora
proteja-me
e guarde
ódio que eclode
desta sensível moça
nova
vil olhar
penetrante
voz mesmo doce,
não corta,
rasga
de qualquer jeito
a primeira tentativa
falha
de dizer
transmitir
a mais infame fala
fragilidade
anormal
meu estranho cais
garota
bela
lutadora de muay thay
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
deserto
reencontro:
visão do inferno
antigos monstros
retornam
assolam lá dentro
erupção vulcânica
medo adormecido
antigos olhares
atingem o interior
gelo que queima
dor de quem ama
como reviver
momentos imaginários
enterrar de um futuro
existente nos planos
ingênuos
de trilhos paralelos
aceitar condição
mudar
tempestade de incertezas
areia
deserto infinito
castigo todo meu
visão do inferno
antigos monstros
retornam
assolam lá dentro
erupção vulcânica
medo adormecido
antigos olhares
atingem o interior
gelo que queima
dor de quem ama
como reviver
momentos imaginários
enterrar de um futuro
existente nos planos
ingênuos
de trilhos paralelos
aceitar condição
mudar
tempestade de incertezas
areia
deserto infinito
castigo todo meu
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
brasilidade
invoca-se a etnia
brasilidade
em toda e qualquer esquina
fisionomias dançantes
passos rápidos de pé virados
guarda-chuva em mundo de confete
invoco
outro copo de vodka
pra engolir os tambores
soar de chocalhos
imita a pior das cobras
penas
de papagaio ou arara
enfeites
adornos feitos com varas
mas que pena
hoje, o rock
está fora da arena
prostra-se o rei
coroa de pandeiro
meu sangue é venenoso
não sou brasileiro
brasilidade
em toda e qualquer esquina
fisionomias dançantes
passos rápidos de pé virados
guarda-chuva em mundo de confete
invoco
outro copo de vodka
pra engolir os tambores
soar de chocalhos
imita a pior das cobras
penas
de papagaio ou arara
enfeites
adornos feitos com varas
mas que pena
hoje, o rock
está fora da arena
prostra-se o rei
coroa de pandeiro
meu sangue é venenoso
não sou brasileiro
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