intimidades superficiais

devaneios pouco claros, mentiroso, irônicos, falsos, profundos, verdadeiros e rasos

terça-feira, 24 de abril de 2007

vozes e vultos

Vozes ecoam na mudez do mundo
Rasgando os papéis deste teatro
Visto por um público ausente
Rindo dos atores principais

Vultos e ilusões preenchem a trama
Rigorosamente trajados em corpos nus
Vagando por entre becos escuros
Rumo ao destino de ser inicial

Um comentário:

Ana Luiza disse...

Eu sinto com tanta clareza a primeira estrofe...

As vozes que berram em silêncio absoluto nas minhas insônias são tantas... De todos os tipos: amadas, temidas, desconhecidas, reais, imaginárias, passadas, presentes, distantes... Todas tão tão absurdamente quentes, mas travestidas em frieza.

"And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more.
People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one dare
Disturb the sound of silence"

(The Sound of Silence, by Garfunkel)